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Há sempre um acorde que me escapa
de
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Vera Sofia Mota
(com a colaboração de Gustavo Sumpta)
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na
a sala
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Dia 29 de Fevereiro às 22h30
Rua do Bonjardim, 235 - 2º
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Esta trata-se de uma peça de dança onde a música adquire o lugar de essencial guia e mote de toda a sua formulação, numa relação em que é a intimidade com esta e com o espaço que a permite que vem, a cada instante, definir a instabilidade dos corpos apresentados. Nas palavras de Paul Valéry, «A dança é toda uma outra coisa. É sem dúvida um sistema de actos, mas sem fim em si mesmos. Não conduz a nada. E se persegue um qualquer objectivo, é um objectivo ideal, um estado de inebriamento, um fantasma de flor, um momento extremo, um sorriso que se forma finalmente no rosto de quem o solicitava ao espaço vazio.
Não se trata, pois, de efectuar uma operação finita, e cujo fim se situa algures no meio que nos circunda; mas sim de criar, e de manter exaltadamente, um certo estado, graças a um movimento periódico que pode ser executado no mesmo sítio; movimento que se desinteressa quase completamente da vista, mas que se excita e regula pelos ritmos auditivos.»
(Oxford, 1939)
Penso que é mais ou menos isto o que, com pouco mais, se está aí a fazer.
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