19 novembro 2009

sábado, 28 novembro, porto



lançamento do livro boomerang, de pedro eiras. apresentado por joão miguel teixeira lopes, com pedro eiras e antónio preto. colecção o rato da europa, edição pé de mosca.
na livraria gato vadio, rua do rosário, 281, no porto. sexta feira, 28 de novembro, às 22 h.

boomerang
. 27 postais. sobre a europa ou os seus fantasmas. poderia ter sido um livro mas afinal é um trânsito. ir e vir. escrita sobre a escrita sobre a escrita. recuo histórico. e depois sobre o presente: desafiar a miopia. aceleração do tempo. 27 vezes, menos uma, porque há sempre o imponderável. ensaios postais crónicas relatórios de leitura. acordos e desacordos. para desmontar perder dispersar.

pedro eiras
nasceu em 1975. é professor de literatura portuguesa na faculdade de letras da universidade do porto.
desde 2001, publicou livros de ficção (a
nais de pena ventosa, estiletes, os três desejos de octávio c.), teatro (antes dos lagartos, passagem, um forte cheiro a maçã, recitativo dos livros do deserto, as sombras, um punhado de terra), poesia (arrastar tinta) e ensaio (esquecer fausto, a moral do vento, a lenta volúpia de cair). com esquecer fausto, ganhou o prémio PEN clube português de ensaio em 2006. tem peças de teatro encenadas e publicadas em diversos países: portugal, frança, grécia, eslováquia, roménia, brasil.

apresentação da colecção o rato da europa
direcção de antónio preto

o rato da europa apresenta-se como uma colecção de textos inéditos, onde se pretende desenvolver, através dos mais variados géneros, ângulos de abordagem, pontos de vista e subterfúgios, uma reflexão alargada, não só sobre o lugar de portugal na europa como, também, sobre a relação de portugal com a europa. se o primeiro problema que se coloca é, desde logo, o de tentar perceber se as duas coisas são ou não a mesma coisa, se este confronto é ou não uma antinomia, outras questões, que daqui decorrem, passarão forçosamente pela aferição das taxas de câmbio entre representações, pela afinação da balança comercial das identidades, pela identificação do que continua a ser contrabando, pela revisão das fronteiras de um horizonte europeu que se define por aquilo que propõe ou que se funda naquilo que rejeita. é, pois, urgente saber se chamamos europa a um acordo de boa vizinhança, que nos permite ir a bruxelas pedir um raminho de salsa para a tortilha, se a europa é um diálogo, uma abertura, uma construção colectiva, se é a europa um projecto político comunitário ou um conjunto de normas sanitárias e de directrizes para a calibragem de maçãs, se a europa das cruzadas é, hoje, pátria de cavaleiros que se batem pela democracia ou terra de vilões dispostos a tudo pilhar em nome da mesma democracia, se o velho continente se transformou ou não num shopping vigiado, onde os cidadãos se confundem com os consumidores, ou se europa é, afinal, o nome do arame farpado que estendemos ao longo do mediterrâneo.
na era das
low cost, numa altura em que já ninguém vai comprar caramelos a espanha, desafiámos alguns escritores a partilharem connosco as suas ideias e inquietações. feitas as malas, a viagem inicia-se com boomerang, de pedro eiras: um conjunto de 27 textos sobre as representações da europa na literatura portuguesa do século XIX até ao presente.
a próxima paragem aparecerá muito em breve.


antónio preto
emigrado há três anos em frança, onde realiza um doutoramento em letras, artes e cinema (na universidade paris 7) sobre a adaptação cinematográfica de textos literários em manoel de oliveira, publicou recentemente manoel de oliveira: o cinema inventado à letra, 11.º volume da colecção arte contemporânea público serralves. paralelamente, tem publicado crítica e ensaio em diversos jornais, revistas e catálogos em portugal, frança e brasil, participado em inúmeros colóquios, conferências e seminários, programado mostras de cinema mais ou menos clandestinas, como a reposição – o cinema em trás-os-montes (2007), e colaborado em projectos performativos, como a récita-atentando a carbonária (2008), com ana deus e joão sousa cardoso. é um dos mais assíduos clientes da cinemateca francesa e da piscine des amiraux.

pé de posca
a cooperativa pé de mosca surge como plataforma cultural e social que, através do design, das artes gráficas e da formação se propõe criar projectos singulares e revestidos de uma forte dimensão social e pública. assim, a pé de mosca privilegia o desenvolvimento de objectos de design inclusivos e participativos, a colaboração com criadores de outras áreas de actuação e uma relação estreita entre o lado material e imaterial do design.
tem colaborado com a fundação cupertino de miranda, o centro cultural vila flor, a etc – espectáculos e teatro para crescer, a etepa – escola tecnológica e profissional albicastrense, entre outros.

1 comentário:

terrasonora@portugalmail.pt disse...

A ed. Pluma Branca tem o prazer de anunciar o lançamento para o mês de Dezembro, o lançamento de um livro que promete revolucionar...

www.terrasonora-nunoviana.blogspot.com