Muito bem!!! para quem pensa que a arte no Porto fora das instituições e galerias pertence a um passado
aqui estão algumas sugestões que contrariam tal ideia
há mais mundo que o mundo que se conhece
e a importância destes espaços contrariamente ao que se penas e se verbaliza por aí deverá ser entendido não como contra as instituições e galerias mas a necessidade de espaço para que os artistas possam mostrar o seu trabalho se o Manoel de Oliveira fala da falta de espaço para mostrar e ver CINEMA nós artistas plásticos sabemos o que é não ter espaços para mostrar o nosso trabalho e ver o trabalho dos nossos amigos artistas e colegas artistas há quem (pense que) não necessita de arte, de a ver, de a viver mas nós necessitamos dela para viver vivemos com ela e para ela
é só olhar para o lado e ver o esforço que cada um faz para desenvolver o seu trabalho para apresentar o trabalho de outros artistas e partilhar com artistas e com o publico
um publico que acreditamos que existe que como nós tem necessidade de arte
pelo que disse é de estranhar os discurso cegos, egocêntricos, preguiçosos, não disponíveis e intelectualmente desonestos que pretendem esconder o que não sabem, o que desconhecem, o que os responsabiliza
há quem olha e vê o que falta e faz
e há quem olha, vê que falta, não faz (o que lhe compete) e esconde-se no dizer há mais mundo que o mundo que conhecemos
cada exposição aqui sugerida na sombra anuncia a possibilidade de encontrar, descobrir e conhecer um
Estou muito contente com tantos acontecimentos! Pena não vou poder estar por cá no Sábado e no Domingo....não sabia q havia tanta coisa para este fim-de-semna. Guardei-me para o próximo fim-de-semana, para os filmes apresentados no "Coerência" da escolha do João Sousa Cardoso e para "livros de artista shop".
No largo da maternidade, mas não vou adiantar muito mais porque não sei se a inauguração vai ser adiada. É melhor aguardar pelos convites. E o Renato Ferrão, no "CoerênciA" é tb no próximo fim-de-semana?Certo?
Olá este é o meu primeiro post neste blog que admiro muito e muito me inspira. Embora a minha arte seja mais design de interiores, acho que hoje em dia não faz sentido falar-se em distinções deste género uma vez que a Arte é abrangente a várias disciplinas como a arquitectura a música e o design e outras e daí estar a expressar a minha profunda admiração pelo trabalho de Pedro Tudelas que no fundo faz a fusão disto tudo de que falei. Também acho muito bem que se abram as portas de espaços de exposição "underground" e alternativos a artistas reconhecidos da praça pois de certo modo inverte a situação corrente e subverte o sistema. Vou ficar atento a estas e próximas sugestões pois todas são de inquestionável valor e valem pela sua singularidade certamente. Deixo-vos um poema belíssimo de um indigena desconhecido de Papua Nova Guiné :
"quando o vento passa por ti na tarde fresca vagueio na floresta da nossa montanha
ao longe um tigre imóvel espera o teu olhar
passas por mim e um arrepio percorre a minha coluna curvada sentado na pedra molhada"
olá Sandra! obrigada pelas tuas palavras e por nos acompanhares. espero também que 'nos' possas acompanhar nestes espaços - nos locais do acontecimento. volta sempre.
Afinal vai haver a inauguração da loja de edições de artista na próxima 5º feira a partir das 20 horas ( é no largo da maternidade , a esquina a seguir à loja dos candeeiros). À noite nos Maus Hábitos o concerto do JP Simões ( e para quem tem mais dinheiro a Casa da Música.....eu fico pelo JP) ; )
Sobre:‘Up Side Down’ de Pedro Tudela Confesso que sou alheia a projectos ligados à experimentação do som, mas este trabalho despertou-me interesse. É surpreendente. Vou ter mais atenção, a partir de agora... : )
Concordo contigo MSM e esta foi o "choque" que tive em Lisboa. Nao se pode dizer que exista falta de espacos, porque esse ate' existem, mas onde anda o publico?... Pensando numa serie de espacos fechados 'a espera de alvaras ou o que quer que seja, deviam existir condicoes para que se pudessem mostrar trabalhos de artistas dentro desses mesmos espacos. Aqui em Nova Iorque existe uma organizacao chamada LMCC (Lower Manhattan Cultural Council) que se ocupa de tratar de espacos assim e consegue ainda gerir alguns espacos para estudios. Numa altura em que as grandes instituicoes falam em criar publicos, esquecem-se que essa criacao de publicos tambem advem de uma proximidade entre o potencial publico e os artistas, e isso e' conseguido atraves de outros espacos - que chamaria de experimentacao artistica (ao inves de alternativos). A Arte nao tem de ser sempre institucional, nem muito menos intitucionalizada (ou oficial). Hoje em dia ha' muito mais gente a produzir arte, que 'a umas decadas atras. E' necessario dar espaco a que o publico tenha condicoes para escolher os seus artistas de forma directa. Nao digo com isto que o trabalho dos comissarios ou curadores seja posto de lado. Ha' sempre alguem que tem de fazer o papel do "organizador"; do escritor do texto - em todo o caso deve faze-lo em comunhao com os artistas com quem trabalha. Julgo que esta conversa poderia ser mais alargada e penso tambem que e' aqui que residem grande parte dos problemas que todos nos sentimos. P
11 comentários:
Muito bem!!!
para quem pensa que a arte no Porto
fora das instituições e galerias
pertence a um passado
aqui estão algumas sugestões
que contrariam tal ideia
há mais mundo
que o mundo que se conhece
e a importância destes espaços
contrariamente ao que se penas e se verbaliza por aí
deverá ser entendido não como contra as instituições e galerias
mas a necessidade de espaço para que os artistas possam mostrar o seu trabalho
se o Manoel de Oliveira fala da falta de espaço para mostrar e ver CINEMA
nós artistas plásticos sabemos o que é não ter espaços para mostrar o nosso trabalho e ver o trabalho dos nossos amigos artistas e colegas artistas
há quem (pense que) não necessita de arte,
de a ver, de a viver
mas
nós necessitamos dela para viver
vivemos com ela e para ela
é só olhar para o lado
e ver o esforço
que cada um faz para desenvolver o seu trabalho
para apresentar o trabalho de outros artistas
e partilhar com artistas e com o publico
um publico que acreditamos que existe
que como nós tem necessidade de arte
pelo que disse
é de estranhar
os discurso cegos, egocêntricos, preguiçosos,
não disponíveis e intelectualmente desonestos
que pretendem esconder o que não sabem, o que desconhecem, o que os responsabiliza
há quem olha e vê o que falta
e faz
e há quem olha,
vê que falta,
não faz (o que lhe compete)
e esconde-se no dizer
há mais mundo
que o mundo que conhecemos
cada exposição aqui sugerida na sombra
anuncia a possibilidade de encontrar, descobrir e conhecer um
Estou muito contente com tantos acontecimentos! Pena não vou poder estar por cá no Sábado e no Domingo....não sabia q havia tanta coisa para este fim-de-semna. Guardei-me para o próximo fim-de-semana, para os filmes apresentados no "Coerência" da escolha do João Sousa Cardoso e para "livros de artista shop".
"livros de artista shop", onde?
No largo da maternidade, mas não vou adiantar muito mais porque não sei se a inauguração vai ser adiada. É melhor aguardar pelos convites.
E o Renato Ferrão, no "CoerênciA" é tb no próximo fim-de-semana?Certo?
certo!
+ lançamento do livro do rui.
divulgação breve, breve.
Olá este é o meu primeiro post neste blog que admiro muito e muito me inspira. Embora a minha arte seja mais design de interiores, acho que hoje em dia não faz sentido falar-se em distinções deste género uma vez que a Arte é abrangente a várias disciplinas como a arquitectura a música e o design e outras e daí estar a expressar a minha profunda admiração pelo trabalho de Pedro Tudelas que no fundo faz a fusão disto tudo de que falei. Também acho muito bem que se abram as portas de espaços de exposição "underground" e alternativos a artistas reconhecidos da praça pois de certo modo inverte a situação corrente e subverte o sistema.
Vou ficar atento a estas e próximas sugestões pois todas são de inquestionável valor e valem pela sua singularidade certamente.
Deixo-vos um poema belíssimo de um indigena desconhecido de Papua Nova Guiné :
"quando o vento passa por ti na tarde fresca
vagueio na floresta da nossa montanha
ao longe um tigre imóvel espera o teu olhar
passas por mim e um arrepio percorre
a minha coluna curvada sentado na pedra molhada"
Sandra J
olá Sandra! obrigada pelas tuas palavras e por nos acompanhares.
espero também que 'nos' possas acompanhar nestes espaços - nos locais do acontecimento.
volta sempre.
Afinal vai haver a inauguração da loja de edições de artista na próxima 5º feira a partir das 20 horas ( é no largo da maternidade , a esquina a seguir à loja dos candeeiros). À noite nos Maus Hábitos o concerto do JP Simões ( e para quem tem mais dinheiro a Casa da Música.....eu fico pelo JP)
; )
Sobre:‘Up Side Down’
de Pedro Tudela
Confesso que sou alheia a projectos ligados à experimentação do som, mas este trabalho despertou-me interesse. É surpreendente.
Vou ter mais atenção, a partir de agora...
: )
tudela is my hero! e nem pensar em não ir à casa da música... vampire weekend+these new puritans! juntos!! ao vivo!!! a coisa promete, no mínimo...
Concordo contigo MSM e esta foi o "choque" que tive em Lisboa. Nao se pode dizer que exista falta de espacos, porque esse ate' existem, mas onde anda o publico?...
Pensando numa serie de espacos fechados 'a espera de alvaras ou o que quer que seja, deviam existir condicoes para que se pudessem mostrar trabalhos de artistas dentro desses mesmos espacos.
Aqui em Nova Iorque existe uma organizacao chamada LMCC (Lower Manhattan Cultural Council) que se ocupa de tratar de espacos assim e consegue ainda gerir alguns espacos para estudios.
Numa altura em que as grandes instituicoes falam em criar publicos, esquecem-se que essa criacao de publicos tambem advem de uma proximidade entre o potencial publico e os artistas, e isso e' conseguido atraves de outros espacos - que chamaria de experimentacao artistica (ao inves de alternativos).
A Arte nao tem de ser sempre institucional, nem muito menos intitucionalizada (ou oficial). Hoje em dia ha' muito mais gente a produzir arte, que 'a umas decadas atras. E' necessario dar espaco a que o publico tenha condicoes para escolher os seus artistas de forma directa. Nao digo com isto que o trabalho dos comissarios ou curadores seja posto de lado. Ha' sempre alguem que tem de fazer o papel do "organizador"; do escritor do texto - em todo o caso deve faze-lo em comunhao com os artistas com quem trabalha.
Julgo que esta conversa poderia ser mais alargada e penso tambem que e' aqui que residem grande parte dos problemas que todos nos sentimos.
P
Enviar um comentário