25 outubro 2007

"era um homem" n'a Sala, por João Giz


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A Sala
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era um homem
(da série "desenhos de desenhar o chão")
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João Giz
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n' a Sala
Rua do Bonjardim, 235 2º
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Dia 27 de Outubro às 22h30

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"era um homem onde não havia homem
numa casa com sala voltada para a rua
de uma cidade já sem rua nem homem para habitar."
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1 comentário:

Manuel Santos Maia disse...

Apelo à POPULAÇÃO
(Sair de casa)

Em conversa com alguns dos nossos amigos, desapontados, constatamos que o número de pessoas a assistir aos eventos, que um número considerável de artistas tem organizado, tem vindo a diminuir e actualmente é muito reduzido.
Se tivermos em conta que muitos artistas já apresentaram o seu trabalho nesses espaço, e alguns também organizam mostras, eventos e exposições e enquanto artistas sabem o quanto importante é a presença e o contacto com os outros, com o observador, com o espectador, com o interlocutor; dificilmente aceitamos a sua constante ausência. Compreendemos o desinteresse de quem nunca partilhou connosco, quem nunca sentiu motivação ou teve vontade suficiente para se deslocar até aos nosso espaços, porque quem não vê, vive, convive e conhece não sabe o quanto desconhece. Só temos noção do quanto desconhecemos quando conhecemos, quando vemos, quando apreciamos, quando convivemos, quando vivemos.
Mais estranho ainda é verificar que muitos de nós somos criadores, artistas, amigos, colegas, conhecidos, companheiros ou familiares de criadores e artistas. Não são a curiosidade e o interesse duas das principais características dos criadores, os artistas?
Porque não dispensamos cerca de 30 minutos, das horas que estamos em casa com os nossos afazeres, com os amigos que vivem parte da sua vida a trabalhar para nós observadores?
Como Pessoa dizia:
“Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira abandonar
(…)
Nada na alma lhe diz
Mais que a razão da raiz -
Ter por vida a sepultura”
(…)

Pela visão que a alma tem!
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião
(…)
Ser descontente é ser homem,
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma Tem!”

GENTE
Triste de quem fica em casa
Contente com o seu lar…
maia